Fala, Fechamentx ! Você fura fila? Dá sua conta para o amigo que está mais a frente pagar? Assina lista de presença por alguém que não está ali? Faz boca de urna para ganhar um qualquer? Jura de pés juntos que a bola não bateu em você para ganhar o lateral? Finge que está dormindo ao sentar no banco preferencial de transporte público, principalmente quando um idoso entra? O "GatoNet" e o" Miau de luz" rugem no seu lar?
Bom, poderia continuar a fazer inúmeras perguntas, que as respostas naturalmente podem ser afirmativas e cotidianas do brasileiro. Porém, vamos ao que interessa, tenha certeza de que tudo isso e aquelas outras coisinhas para se dar bem, são um tipo de corrupção, aquela enraizada na nossa cultura, tida como malandragem, digna até de apelido carinhoso, JEITINHO BRASILEIRO.
Vivemos em meio a escândalos de corrupção envolvendo nossos governantes e representantes, milhões desviados, dinheiro público gasto indevidamente e todo tipo de falcatrua imaginável. Estamos sempre indignados, procurando um salvador, alguém que ponha ordem na casa, pedindo honestidade do poder público e seus afins, entretanto, todo esse estado de lisura desaparece a primeira oportunidade de tirar vantagem em algo.
Esse famoso jeitinho particular do brasileiro desemboca na política sim, levando a termos serviços públicos da pior qualidade, mas o objetivo deste texto é alertar que podemos fazer a nossa parte. O candidato corrupto não compra votos se não tiver quem os venda, a corrupção é sistêmica e sempre irá influenciar na vida de alguém ou de toda a sociedade, por menor que você julgue seu ato, demonstra que se houver a possibilidade ter uma vantagem ainda maior, o fará com toda certeza.
"Tente mover o mundo - o primeiro passo será mover a si mesmo" , frase milenar atribuída a Platão, muito atual e condizente com nosso momento. A mudança começa dentro de cada um e de pouco em pouco se vai longe, antes de apontar os erros alheios, se permita enxergar os seus, mudar verdadeiramente, assim mudaremos os rumos do nosso Brasil.
Por Tiago R Fernandes
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